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sexta-feira, 17 de agosto de 2018
Bom e mau como valores morais e éticos
A característica específica do homem em comparação com os outros animais é que somente ele tem o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto e de outras qualidades morais
Aristóteles...384-322 a.c
Se, segundo Aristóteles, o homem tem conhecimento do que é bom ou mau, do que é justo ou injusto etc., então, podemos dizer que o homem age no mundo de acordo com valores.
Esses valores dependem da forma como o homem vê o mundo que o rodeia, e a partir de então age de acordo com suas noções que são compartilhadas com outros homens em um determinado momento. Explicando melhor sobre os valores que o homem toma como diretriz para tomar suas decisões, podemos refletir sobre diversos aspectos como, por exemplo, o que é o bom e o que é o mal? O bem pra um pode ser o mal pra outro. O que é justo e o que não é? O que é justo para um pode não ser para outro, enfim, em outras palavras, o homem é um ser moral, um ser que avalia sua ação a partir de valores.
Aristóteles, em suas análises, caracterizou os seres humanos como sendo seres racionais, ou seja, que falam e agem de acordo com o que pensam. O filosofo concebeu a dimensão anímica ou psíquica (psique=alma) dos humanos como um composto de duas partes: uma racional por expressar-se pela atividade filosófica e matemática e outra privada de razão, por conta de seus elementos vegetativos e apetitivos. Essa analise realizada por Aristóteles permitiu uma hierarquização dos seres vivos.
De acordo com essa dimensão humana que Aristóteles descreve, a parte da alma privada de razão nos iguala a todos os outros animais movidos pelos instintos primários como a sede, a fome, o sono e a reprodução. Somos, portanto, guiados pela necessidade de sobrevivência. Todos os seres vivos têm em comum uma necessidade maior e prioritária: resolver o problema de encontrar a forma mais prática, duradoura, garantida e/ou menos arriscada de sobreviver. Temos a necessidade de alimentos para saciar a nossa fome; de água para a sede; dormir para descansar o organismo e nos reproduzir por meio da atividade sexual e assim perpetuar a espécie. Se pensarmos por esse prisma, fica então a pergunta: Mas o que então nos diferencia dos outros animais? Segundo Aristóteles, é a racionalidade. Nós somos capazes de pensar, usar a razão, planejar nossas ações e de realizar escolhas e julgá-las, determinando seu valor. Agimos acreditando que estamos fazendo o bem e, mesmo quando julgamos mal nossas ações, o critério básico para qualquer julgamento é sempre estabelecido pelo bem.
Os seres humanos, portanto, identificam-se como tais pelas distinções que são capazes de estabelecer com os outros animais e, consequentemente, se diferenciam de todos os demais seres vivos, pois definem-se pela capacidade de pensar, falar, trabalhar e amar. Somos dotados de sentimentos, de afeto, de memória, sofremos e temos consciência de tudo isso, diferente de qualquer outro animal.
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