O
antropólogo polaco Bronisław Kasper Malinowski, criador da chamada
escola funcionalista, é, hoje, considerado um dos fundadores da própria
Antropologia Social.
Sua
maior contribuição recaiu sobre os aspectos metodológicos, especificamente
sobre os métodos utilizados na coleta de material etnográfico, cujos preceitos
constam do capítulo de abertura do livro Argonautas do Pacífico Ocidental,
originalmente publicado em 1922. Até ali, os métodos existentes levavam a maior
parte dos antropólogos a concluir pela incoerência da vida primitiva, comparada
à ideia de civilização.
Para Malinowski, essa interpretação nada mais
seria do que um subproduto distorcido das falhas de observação do antropólogo,
que deslocava seus sentidos e significados para ações que não correspondiam ao
seu sistema e repertório cultural. Assim sendo, a tarefa primordial consistiria
em reconstruir o universo específico de significações da cultura estudada, para
uma compreensão efetivamente antropológica.
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