A Escola de Pensamento
De uma maneira geral, a grande maioria das pessoas ao redor do
mundo ocidental foi educada sob a ideia de que a ciência seria a detentora da
verdade, última dos fatos. Essa crença fortaleceu-se principalmente na noção,
oriunda do Iluminismo, de que ela conduziria a um esclarecimento dos fatos
obscuros e não explicados da vida humana, levando todos a uma era de liberdade,
igualdade e fraternidade.
Entretanto, quando olhamos para o passado e, ainda, nos dias de
hoje, verificamos que essa promessa não se concretizou. Ao mesmo tempo em que a
ciência trouxe benefícios e avanços à humanidade, ela também possibilitou que
armas de destruição em massa pudessem surgir. Assim, junto com o aprimoramento
das técnicas de produção e o avanço do capitalismo, muitos produtos tornaram-se
acessíveis, mas não sem o preço da destruição do meio ambiente e de culturas
inteiras.
Em outras palavras, aquilo que o discurso iluminista propunha,
como a busca da felicidade através da ciência, foi se transformando em algo
oposto: as ciências e também a tecnologia a favor do capitalismo
transformaram-se em ideologia. Eis aqui o cerne dos estudos desenvolvidos pelo
grupo de intelectuais alemães que fizeram parte da Escola de Frankfurt.
Veremos,
como três dos principais nomes desse grupo (Max Horkheimer, Theodor W. Adorno e
Herbert Marcuse) apresentaram as suas contribuições para pensar o tema da
racionalidade na sociedade capitalista e outros...
Escola de Frankfurt :
Horkheimer - Adorno - Marcuse, Judeus alemães primeiro momento, anos 1920, segundo momento anos 30 e 40. Fogem para os EUA, terceiro momento o retorno a Frankfurt.
Em seu primeiro momento fixaram seus
estudos na Teoria
crítica.
Fundam a revista social dirigida por Horkheimer. No segundo
momento já nos EUA,
fugindo da perseguição nazista (notem que eram judeus) se dispersaram, e desenvolveram estudos na analise de sua sociedade em seu tempo, um livro importante deste momento: “A Dialetica do esclarecimento” de Horkheimer e Adorno, (1947). Esse trabalho colocou-se como ponto marcante na teoria sociológica do pós-guerra. quando é criado o termo “ Industria Cultural ” |
Qual é o motivo de chamar de escola um
grupo de intelectuais? Uma resposta inicial pode ser dada apontando que esse
termo sugere a ideia de conjunto, ou seja, agrupados em torno de uma mesma
temática, esses intelectuais estariam organizados como um grupo, um número de
pesquisadores que, por comungarem princípios e orientações comuns, são chamados
de “escola de pensamento”.
No caso da Escola de Frankfurt, esse
argumento é somado ao fato de terem um suporte institucional fixo, que, além de
agir como centro irradiador das ideias produzidas, financiou diretamente os
pesquisadores que desse centro eram membros. De acordo com Barbara Freitag
(1990, pagina. 9), o nome “Escola de Frankfurt refere-se simultaneamente a um
grupo de intelectuais e a uma teoria social”. A autora salienta, ainda, que
esse termo só surgiu após os trabalhos mais importantes de Horkheimer, Adorno,
Marcuse, Benjamin e Habermas, o que apontava para uma unidade geográfica que
havia se dissolvido a partir da Segunda Guerra Mundial. Entretanto,
Com o termo “Escola
de Frankfurt” procura-se designar a institucionalização dos trabalhos de um
grupo de intelectuais marxistas, não ortodoxos, que na década dos anos 20 [do
século passado] permaneceram à margem de um marxismo-leninismo “clássico”, seja
na sua versão teórico-ideológica, seja em sua linha militante e partidária
(FREITAG,
1990, pagina.10).
Inicialmente a Escola foi dirigida por Carl Gruenberg, historiador
e marxólogo, até 1930, quando ele se afastou de vez do instituto, dando lugar
para a entrada de Max Horkheimer. Com a entrada deste filósofo, o instituto
ganhou efetivamente um aspecto de centro de pesquisas voltado para a análise
crítica dos problemas do capitalismo e, marcadamente, para o estudo da
superestrutura.
Sob a direção de Horkheimer, foi criada
uma revista chamada Revista de Pesquisa Social, tendo-o também como
editor. Através de seu trabalho intelectual, conseguiu aglutinar vários outros
pensadores marxistas da época, como Pollock, Fromm, Gumpertz, Adorno e Marcuse,
que atuaram como colaboradores da Revista, produzindo artigos, ensaios e
resenhas. Muitos deles, como Benjamin, Marcuse e Adorno, só se filiaram ao
Instituto durante o processo de mudança de Berlim para os Estados Unidos.
Um segundo ponto a destacar é a situação
de encontro e desencontros já em território estadunidense. Ao chegarem à
Califórnia, Adorno e Horkheimer encontraram outros intelectuais alemães
refugiados, como Thomas Mann e Bertold Brecht. Além disso, membros e
colaboradores da Revista, como Herbert Marcuse, desvincularam-se das
suas atividades e partiram para as suas próprias ações individuais. Em 1941, a Revista
editou o seu último volume em inglês.
um ano após o término da Segunda Guerra Mundial, Horkheimer foi
convidado a retornar a Frankfurt. A negociação durou até 1950, quando
reorganizou o Instituto em torno da Universidade Johann Wolfgang Goethe, onde
ele e Adorno foram nomeados professores catedráticos. O instituto iniciou a sua
terceira fase resumindo-se apenas a Adorno e Horkheimer, que o dirigiu até a
sua aposentadoria, em 1967, passando o cargo para Adorno, seu então codiretor,
que permaneceu no cargo até a sua morte, em 1969.
Durante essa última etapa, uniram-se ao Instituto jovens filósofos
que contribuíram com suas pesquisas e conhecimentos. Dentre eles, destacam-se
Alfred Schimidt, que reuniu, editou e publicou parte da obra de Horkheimer;
Rolf Tiedemann, editor da obra de Benjamin; Ludwig Von Friedeburg, que anos
depois se tornou diretor do Instituto; e Jurgen Habermas, considerado o grande
herdeiro da Escola de Frankfurt.
Esses jovens pensadores assim como os
outros estudantes universitários provinham de um ambiente familiar autoritário
e até certo ponto opressor. Não espanta dizer que seus pais foram, em sua
maioria, nazistas ou simpatizantes da doutrina de Adolf Hitler. Desse contexto,
surgiram tanto a possibilidade de continuação do pensamento frankfurtiano
(materializado em uma pesquisa empreendida sobre o autoritarismo entre os
estudantes alemães) quanto as revoltas estudantis que se iniciaram a partir de
1967. (movimento contracultura, afloramento dos movimentos hippie)
“O movimento hippie foi um comportamento coletivo de
contracultura dos anos 60. Embora tendo uma relativa queda de popularidade nos
anos 1970 nos Estados Unidos, o movimento apenas ganhou mais força em países
como o Brasil somente a partir dessa década.”
verificamos que o primeiro princípio da Teoria Crítica é uma
orientação para a emancipação da sociedade, isto é, a compreensão da
constituição da sociedade em todas as suas instâncias. O segundo princípio é
manter o comportamento crítico diante dos fatos analisados. Diferentemente da
Teoria Tradicional, na compreensão dos filósofos de Frankfurt, não há separação
entre ciência e história, pois os construtos científicos desenvolvem-se
historicamente.
Portanto, a ideia de manter uma postura neutra dentro da sociedade
capitalista não é possível, uma vez que, ao manter-se
neutro, o cientista já estaria, no mínimo, ajudando a manter as coisas como
são. Em outra mão, ao refletir sobre a sua própria ação e sobre as
limitações da própria ciência, o caminho abre-se para que novas perspectivas
surjam. Isso porque, ao proceder a separação entre conhecimento e ação,
deixa-se de lado também a história, restando apenas o nível das ilusões
necessárias. O conhecimento crítico mostra, assim, que a produção científica na
concepção tradicional é parcial devido ao fato de que não atinge o entendimento
do processo sócio-histórico de maneira mais abrangente.
Pudemos verificar que a fonte da Teoria
Crítica é a orientação para a emancipação, tendo a sua base no pensamento de
Karl Marx. Essa orientação estará presente no trabalho de cada um dos
pensadores vinculados à Escola de Frankfurt, mesmo tendo desenvolvido cada um a
sua própria visão desses princípios...
“O que os homens
querem aprender da natureza é como empregá-la para dominar completamente a ela
e aos homens. Nada mais importa. Sem a menor consideração consigo mesmo, o
esclarecimento eliminou com seu cautério o último resto de sua própria
autoconsciência (ADORNO e HORKHEIMER, [1969] 2006, pagina. 18).”
O cunho positivista dessa premissa
indicava a meta final e oculta: a dominação da
natureza e de outros homens. Essa força
que os filósofos de Frankfurt descrevem e denunciam em seus escritos estaria
dominando todas as esferas da sociedade desde a ciência até a cultura. É assim
que surge a ideia de uma razão instrumental que, ao mesmo tempo em que
trabalha com o esclarecimento, o põe a serviço do capitalismo, retirando da
ciência a sua capacidade crítica. Diante disso, todos os produtos criados em
larga escala obedeceriam a essa lógica destrutiva e aterradora da condição
humana, uma terrível manipulação de massa em pról de alguns detentores de poder
que levaria a desumanização e individualização do homem, que por sua vez é de
natureza coletiva e social, levando assim a uma desordem de nível emocional
negativo. Mas
um nazista, Joseph Goebbels, nesta época estava alterando a frequência de tom introduziu "A = 440 Hz", em 1939,
como o conjunto padrão para todos os instrumentos musicais do mundo. A
Organização Internacional para Padronização (ISO), aprovado em 1953. Isso
permite que as pessoas pensam e sentem uma certa maneira e mantê-la prisioneira
em uma certa consciência. (note que estão sendo postas as peças de
manipulação de massa em questão, todo o sistema estava tomando forma neste
momento, na musica,na cultura, na comunicação, para influênciar a psique
humana, como a um ser patético e sem vontade própria,
mudança de freqüência de 440 foi feito apesar de Dussaut Professor do Conservatório de Paris escrever um referendo assinado por 23 mil músicos franceses que estavam a favor preservação de 432 Hz, para preservar a harmonia musical com a vibração musical do universo.
desde então, usamos o Tuned a 440Hz. Que tem um caráter catastrófico á humanidade e sua humanização como evolução civilizatória,
mudança de freqüência de 440 foi feito apesar de Dussaut Professor do Conservatório de Paris escrever um referendo assinado por 23 mil músicos franceses que estavam a favor preservação de 432 Hz, para preservar a harmonia musical com a vibração musical do universo.
desde então, usamos o Tuned a 440Hz. Que tem um caráter catastrófico á humanidade e sua humanização como evolução civilizatória,
Amigo buscador, este tema é tão amplo que dividi em
duas paginas distintas, então convido você pra continuar esta viagem á
realidade e suas raízes contemporâneas. ..
Continua em:
Indústria cultural clik aqui : industria cultural e a manipulação e alienação da massa.
Quando o senhor diz que “a promessa de Liberdade, Igualdade e Fraternidade não se concretizou” não se concretizou porque nãofoi uma promessa foi uma proposta – o que o senhor reconhece no parágrafo seguinte. E veja que lá no velho mundo, ainda após o surgimento desta – que foi uma revolução sócio-economica-cultural para o séc. XVIII e que levou ao poder a burguesia – quem tomou as rédeas do poder político foi o absolutista (imperialista) Napoleão.
ResponderExcluirO que estou tentando demonstrar é que a ideia de Liberdade, Igualdade e Fraternidade foi o princípio, não é à toa que marca a Idade Contemporânea. Hoje, aqui, agora no nosso século XXI ainda estamos a lutar para torná-la real. Portanto veja que a ideia é velha, mas o que temos de ferramentas, mecanismos ou processos e acesso é que são novos para se concretizá-la.
A Teoria Crítica é herança dos princípios iluministas e veio somar não só aos estudos, mas ao próprio desenvolvimento da vida social. E a imparcialidade é no senso científico ou a neutralidade é uma mentira, como às outras, prejudicial. Em Análise discurso observa-se isso.
O caso é que a ideia iluminista de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, o que culminou em novos estudos antropológicos, pensamentos filosóficos, expressão artística... Foi uma mudança de paradigmas. Vivemos essa mudança hoje e continuamos a lutar por Liberdade, Igualdade e Fraternidade
Sua obra é cada vez mais vasta, meu pai. Lendo-o torno-me seu aprendiz e admirador.