Sujeitado a poluição da metrópole o homem levanta os olhos
ao céu; este céu que já perdeu a cor, e acinzentou-se, mecânico, como a uma
engrenagem viva parte sem saber pra onde,
levando na bagagem uma lembrança de um sonho perdido em meio
a multidão transportado como o boi para o matadouro segue seu rumo a um destino
incerto,
na paisagem frigida
instigada de ilusão.
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seja bem vindo
a sua frente somente
os escombros de uma nova realidade, velha.
espremido como uma
sardinha dentro de uma lata
já não sonha mais,
esse mar de gente caminha embestalhado com a tecnologia que rouba seus minutos
de reflexão, em troca de um tempo que não volta mais
suas energias se
esvaem e os dias passam mais rápido
os olhos secam em
meio a fumaça e o vapor da sociedade dissolvida no éter.
ele vive sem lembrar
quem é, nem porque veio; enquanto os
doutores da lei vendem sua esperança e sua semelhança em troca de mais papel
ensanguentado e sujo, perdem seus valores mais nobres em uma moral duvidosa
dissemina um exemplo de impunidade e atrevimento....
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